quinta-feira, 30 de março de 2017

Tempo de recordar.

Um beijo roubado, uma história para contar.
Um sorriso calado, um amor para recordar. 
A verdade não foi explícita, o silêncio era amigo. 
Eram troca de olhares, sentimento um abrigo. 
Qualquer toque um calafrio, respiração a perdição. 
Foi só mais um desafio, de uma completa ilusão. 
Da conversa para o texto, do cartão as mensagens. 
Tudo fora de contexto, hoje é só paisagem. 
Lembrança de uma risada, intimidade, sussurro.
Daquela que foi amada, não apenas no escuro. 
O perfume era singelo, caos é definição. E o beijo, o mais sincero, desse eterna provação. 
Abraço, olhar, toque e sedução. Momento de falar sobre a tal separação. Foi do fato ao pranto, do amar ao esquecimento. 
Choro e mais um tanto, hoje não é mais o momento. 
De um simples recordar, virou palavras em um papel. 
Que belo conto de fadas, nada é uma eterna lua de mel. 
O fim foi triste, trágico, mas sem ponto final. 
Foi dado a ele uma exclamação bem grande, esse era o normal.
Sem explicação ou desespero, apenas um a falar. 
Não houve tempo para o apelo, não importava o amar. 
Então enfim, o sentimento foi guardado em uma caixa de cristal. 
Apenas para ser lembrado, quando se quer ponto final.

Nenhum comentário: