Um sorriso calado, um amor para recordar.
A verdade não foi explícita, o silêncio era amigo.
Eram troca de olhares, sentimento um abrigo.
Qualquer toque um calafrio, respiração a perdição.
Foi só mais um desafio, de uma completa ilusão.
Da conversa para o texto, do cartão as mensagens.
Tudo fora de contexto, hoje é só paisagem.
Lembrança de uma risada, intimidade, sussurro.
Daquela que foi amada, não apenas no escuro.
O perfume era singelo, caos é definição. E o beijo, o mais sincero, desse eterna provação.
Abraço, olhar, toque e sedução. Momento de falar sobre a tal separação. Foi do fato ao pranto, do amar ao esquecimento.
Choro e mais um tanto, hoje não é mais o momento.
De um simples recordar, virou palavras em um papel.
Que belo conto de fadas, nada é uma eterna lua de mel.
O fim foi triste, trágico, mas sem ponto final.
Foi dado a ele uma exclamação bem grande, esse era o normal.
Sem explicação ou desespero, apenas um a falar.
Não houve tempo para o apelo, não importava o amar.
Então enfim, o sentimento foi guardado em uma caixa de cristal.
Apenas para ser lembrado, quando se quer ponto final.